domingo, 28 de setembro de 2008

Meu nome não é Johnnycotina!

E aí, amiguinhos! Quanto tempo, né?

Após sermos separados pelo novo método de apartheid utilizado em universidades, o C.R., perdemos um pouco do contato. Porém, eu, o Bruno e o Victor (eu acho), não gostamos muito dessa situação. Assim, resolvemos voltar com o blog e com o que fazemos de melhor: escrever inutilidades e ofensas!


Para isso, nada melhor do que a biografia do nosso amiguinho tuberculoso João Gabriel, o Johnny!


Espero que alguém leia, comente e que alguém volte a escrever aqui!
Um beijo, Pedro.



"João Gabriel Souza Cruz nasceu no ano de 1990, na cidade do Rio de Janeiro. Seu parto contou com algumas complicações, tanto para ele quanto para sua mãe, visto que o bebê vinha de uma família de fumantes compulsivos. Quando o menino veio ao mundo, uma desagradável surpresa foi revelada: João nasceu com apenas 35% da capacidade respiratória de uma criança normal. Joãozinho não conseguia ao menos chorar.


Numa tentativa de recuperar seus pequenos pulmões, João passou por um tratamento, até então promissor, que incluia aromaterapia com
cannabis medicinalis, vaporização com tabbacus venenus, e injeções de nicotina. Não adiantou: a criança perdeu mais 15% de sua capacidade respiratória, reduzindo assim para 20% do total de uma criança saudável, da mesma idade.

Cresceu – quer dizer, envelheceu. Afinal, ele chegou aos 35 cm apenas aos 18 meses de vida – cercado de amor pela sua família. Aos dois aninhos, João foi matriculado na Creche Tabaco Feliz, onde era muito popular. Trocava sua merendinha por cigarros – o menino ficou viciado em nicotina e tabaco após seu tratamento - com a professora: uma senhora obesa, que só consumia alimentos gordurosos, conhecida como Tia Bolinha.

Na alfabetização, João se mostrou muito familiarizado com as letras. Conseguia ler e reproduzir tudo o que estava escrito nos maços de cigarros, até os teores de alcatrão, nicotina e monóxido de carbono. Por isso, foi avançado para o ensino fundamental. Ao cursar a 3ª série, tinha apenas 7 anos de idade.

Aos 10 anos, começou a aprender Inglês. No seu cursinho, passou a ser conhecido como Johnny G., nome que carregaria pro resto de sua - efêmera - vida. Lá também aprendeu tudo sobre gerenciamento de vendas e sobre mercados paralelos (tráfico) com seu professor, Mr. Johnny Star.

No começo da adolescência, Johnny se apaixonou: conheceu uma menina simpática e eloqüente, chamada Jennifer, num baile funk, no morro de São Carlos. Após alguns dias, o rapaz tinha um amor e contatos na favela, onde introduziu o tráfico de cigarros, adesivos de nicotina e outros tipos de entorpecentes.


Nunca deixou de estudar. Dizia que “a escola é um pico irado pra conhecer os play que gostam de um rock”. Assim, chegou à universidade, onde se encontra hoje.

Atualmente, Johnny G. é um rapaz muito conhecido na Zona Sul do Rio de Janeiro, assim como na Tijuca, bairro onde sempre morou. Cursa Comunicação Social na PUC-Rio e, como o próprio costuma dizer, leva alegria para a “playboyzada” de lá. Seja essa alegria em forma de pó, cápsulas, adesivos ou cigarros. Mas também há um lado que não gosta muito de comentar: Johnnyzinho sofre de insuficiência respiratória, asma, bronquite crônica, AIDS, rubéola, tuberculose e gripe espanhola.

João pensa em mudar de vida, contando com o apoio de sua esposa Maíra Regina. Não se sabe se obterá êxito nessa tarefa, já que o tempo de vida que lhe resta é desconhecido. O certo é que ele sempre será lembrado com muito carinho por amigos, traficantes, viciados, usuários esporádicos, familiares e policiais corruptos. Johnny é uma lenda!"